domingo, 8 de julho de 2012

Um breve ensaio sobre William Blake


O certo e o errado; céu e inferno; luz e escuridão; o bem e o mal; vida e morte; amor e ódio; masculino e feminino; deuses e demônios; Todos esses são exemplos de dualidades que rondam o ser humano, desde seu nascimento até o dia de sua morte.


Por definição, dualidade consiste no sujeito cujo caráter ou propriedade é duplo ou do que contêm em si duas naturezas, duas substâncias, dois princípios.
William Blake, em suas obras escritas e pintadas aborda a dualidade da vida humana do ponto de vista religioso e nos mostram a diversidade de dualidades existentes.
Blake nos passa a ideia que, embora o ser humano necessite sempre escolher um lado da dualidade, ambos os lados são necessários para o perfeito equilíbrio de viver.
A mesma ideia pode ser abordada, além do tema original da religiosidade, em pontos de vistas diversos, tais como o psicológico (a razão e o instinto) ou ético (tomar uma decisão A ou B).
Não importando o ponto de vista, o importante é perceber que o ser humano é o centro da balança. É ele quem define onde fica o ponto de equilíbrio entre a dualidade.
Um ser humano equilibrado é aquele que compreende suas dualidades, tolera a dualidade alheia e sabe encontrar o ponto de equilíbrio da sua balança. Para isto, basta olhar para um tabuleiro de xadrez e lembrar que ali, cada quadrado vive harmoniosamente ao lado de seus opostos e todos servem ao mesmo propósito: o jogo de xadrez. 
Portanto, compreenda suas dualidades internas e encontre seu equilíbrio.
  
Nós dois lemos a Bíblia dia e noite, mas tu lês negro onde eu leio branco” – William Blake.

REFERENCIAS
1. Biografia on-line de William Blake. VirtualBooks. 2000.
2. Imagem do post: O Livro de Urizen
3. BLAKE, WILLIAM. MARRIAGE OF HEAVEN AND HELL. DOVER PUBLICATIONS. 1994. ISBN: 0486281221.
4. BLAKE, WILLIAM; MARSICANO, ALBERTO; O CASAMENTO DO CEU E DO INFERNO E OUTROS ESCRITOS. L&PM EDITORES. 2007. ISBN: 8525416282.

Um comentário:

  1. É, definitivamente não sou equilibrado, a dualidade convive em mim diariamente, há muito a ser trabalhado, o Id que se sobrepõe ao Ego, o Ego que repreende o Id, e assim vamos... Uma hora entram em acordo (não sem muuito esforço).

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