Os cinco elementos

Terra, água, ar e fogo. Simbolicamente são esses quatro elementos que compões todo o nosso mundo. A terra representa todo o contexto mineral existente. A água todos os elementos líquidos. O ar é a representação dos elementos gasosos. E o fogo a luz, a energia!

Existe também a simbologia psicológica envolvendo esses mesmos quatro elementos: A terra que representa a nossa realidade (dura e firme), com sua fertilidade e aridez (de onde viemos e para onde voltaremos). A água que mostra a fluidez de nossas emoções. O ar se relaciona com o pensar, com o conhecimento e a sabedoria. E o fogo que representa nosso ânimo, nossa vontade, a luz que ilumina nossos caminhos.

De uma maneira ou outra, tais elementos são visíveis e mensuráveis. Fazem parte de nosso mundo e são manipuláveis. Porém não se pode negar a existência de um quinto elemento conhecido como a quintessência.

Diversos filósofos e cientistas já discutiram ou discutem sobre seus conceitos, que vão desde a física, como um elemento que permeia todo o universo, de modo a manter a dinâmica dos corpos celestes em equilíbrio, indo até conceitos sobre espiritualidade e equilíbrio interior.

Não importando a abordagem sobre os conceitos, o senso comum é que sua interação com a matéria evolui com o tempo, de forma que se ajusta naturalmente aos valores observados na época atual, ou seja, a quintessência pode ser considerada como um vetor resultante da interação com os quatro outros elementos.

Desta maneira, podemos inferir seu conceito modelos físicos, psicológicos e espirituais.

A partir da quintessência, não podemos mais tratar equilíbrio como Ponto de Equilíbrio (como se faz em um sistema ternário). Com a quintessência temos agora o verdadeiro sentido do equilíbrio dinâmico (vetorial) entre forças.

Logo, para os físicos, a quintessência será o equilíbrio (a energia, a matéria ou o nome que eles quiserem batizar) que mantém os corpos no lugar. Já para aquela pessoa que procuram um caminho reto, justo e perfeito a seguir, sua quintessência será o equilíbrio entre as forças que compões seu ser (fisicamente, moralmente, psicologicamente e espiritualmente).

Referencias

1. Imagem do post: Homem Vitruviano por Leonardo da Vinci (1485-90, Veneza, Galleria dell' Accademia)

2. R. R. Caldwell, Rahul Dave, and Paul J. Steinhardt; Cosmological Imprint of an Energy Component with General Equation of State; Phys. Rev. Lett. 80, 1582–1585 (1998).

3. The quintessencial Universe", Scientific American vol12, número 2, 2002, pagina 41.

4. JUNG, C. G.. Phénomènes occultes. Paris: Ed. Montaigne, 1939.