sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mudança de comportamento.

Percebo que existem pessoas que são como pedras: "Sou assim". Ou como árvores: "Nasci assim mesmo, não posso mudar".

Isso é bom e é ruim... É bom, porque gente assim tende a ficar estagnada. Parada. Dá passagem para quem quer crescer! Mas é ruim porque se for muita gente, vai atrapalhar a passagem. Impede o fluxo e pior! Essa pedra ou essa árvore pode ser você!

O ideal mesmo seria se fossemos mais flexíveis e maleáveis, tal como a água ou como um gás...



É muita loucura ver pessoas esperar algo diferente, mantendo o mesmo comportamento, fazendo as mesmas coisas das mesmas maneiras [2].

E porque não mudarmos nosso comportamento com o objetivo de alcançarmos resultados diferentes? A princípio, não precisam ser melhores, mas sendo diferentes dos resultados anteriores já nos possibilita a vislumbrar novos caminhos. Novas soluções.

Mudança de comportamento (não confundir com personalidade) é algo possível e existem técnicas que auxiliam este processo. Porém, como todo processo de mudança, determinação é essencial para que a mudança ocorra e se solidifique!

O psicólogo James Prochaska, criou um modelo que explica o processo de mudança de comportamento, o Modelo Transteorético [3,4]:

  • PRÉ-CONTEMPLAÇÃO - Fase de negação: A pessoa acredita que está tudo bem e que a mudança de comportamento não é necessária. É preciso auxílio para fazê-la perceber as consequências de seu comportamento atual.
  • CONTEMPLAÇÃO - Nesse momento a pessoa já sabe que precisa mudar, mas ainda não conhece os meios para isso. É hora de conhecer técnicas de mudança de comportamento.
  • PREPARAÇÃO - A pessoa pretende mudar num futuro imediato e já tem um plano do que fazer. O auxílio mais adequado é ajudá-la a colocar o plano em ação.
  • AÇÃO - É a fase em que a pessoa põe em prática seu plano e já começa a seguir o caminho da mudança. É necessário auxílio e apoio para persistir.
  • MANUTENÇÃO - A pessoa persiste nas ações, com esforço e disciplina para não ter uma recaída, o que pode vir a acontecer. É necessário encorajar e auxiliar a pessoa a recuperar a autoconfiança para superar a recaída.
  • TÉRMINO - A mudança se consolidou e o indivíduo já não teme recaídas ou retrocessos. É necessário o reconhecimento do êxito.
É um processo individualizado. Cada pessoa tem seu tempo de amadurecimento em cada etapa e reações adversas nas recaídas. O importante é determinação e ter alguém para apoiar.

Sobre esse modelo, eis uma técnica prática e objetiva para se chegar a uma mudança de comportamento eficaz [5]:

  • Gerência de antecedentes:
  1. Observe as instruções negativas que você dá a si mesmo.
  2. Faça uma lista e substitua cada comando negativo por um positivo.
  3. Leia sua lista até memorizar.
  4. Substitua as instruções negativas pelas positivas até que elas se tornem naturais e espontâneas para você.
  • Gerência de comportamentos:
  1. Controlar sua expressão de emoções, para exibir o comportamento desejado (evitar dizer uma coisa e seu rosto expressar outra, por exemplo).
  2. Observe você mesmo e os outros. Procure detalhes comportamentais em pessoas que você admira. Se inspire!
  • Gerência de consequências do comportamento:
  1. Monitorar os resultados. Os não esperados, corrija! Os esperados, celebre!

Não devemos ter medo da mudança. Recaídas vão ocorrer, mas o importante é reconhecer os motivos que levaram a recaída, estuda-las, muda-las e seguir em frente! O processo é cíclico.

Mapa Mental do processo de mudança de comportamento

Dessa maneira, creio que seja um interessante começo de iniciar um processo de mudança comportamental que possa nos levar a um maior conhecimento de nós mesmos e por consequência, potencializar nossas capacidades de atingir nossos objetivos rumo ao sucesso e a felicidade!

"Se a rádio não toca a música que você quer ouvir, é só mudar de estação. É só girar o botão!" - Raul Seixas.
Referencias
1. Imagem do post: FreeDigitalPhotos.net
2. Baseado na célebre frase do físico Albert Einstein: "Loucura é continuar fazendo o mesmo e esperar resultados diferentes".
3. Prochaska, JO; DiClemente, CC. The transtheoretical approach: crossing traditional boundaries of therapy. Homewood, IL: Dow Jones-Irwin; 1984. ISBN 0-87094-438-X.
4. Prochaska, JO; Velicer, WF. The transtheoretical model of health behavior change. Am J Health Promot 1997 Sep–Oct;12(1):38–48.
5. Metodologias Personal & Professional Coaching SBC.

Um comentário:

  1. Digerindo, digerindo...

    "Por certo sou eu uma floresta e uma noite de árvores escuras: mas, quem não tiver medo da minha escuridão, encontrará sob os meus ciprestres caminhos de rosas."

    Friedrich Nietzsche


    http://prajalpa.blogspot.com

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