terça-feira, 29 de maio de 2012

Vivendo em grupo: O que devemos saber sobre ética...

A ética, pelo seu entendimento mais básico, pode ser definida como aquilo que se pode fazer (tecnicamente), mas que não se pode realizar (moralmente). A negativa das proposições também é válida, ou seja, aquilo que não se poder fazer (tecnicamente), mas que se pode realizar (moralmente). 


Esta tênue linha divisória entre o correto e o incorreto (o certo e o errado ou o justo e o injusto) pode nos levar a dúvidas e a erros terrivelmente comprometedores. Um meio muito interessante de minimizar tais erros e/ou dúvidas pode estar justamente no livro que Aristóteles escreveu com o objetivo e ensinar seu filho os princípios e definições éticos do ser humano.
Em Ética a Nicômaco, Aristóteles definiu os exageros e deficiências de características do homem, assim como tenta mostrar qual seria o meio termo ideal. 

Segundo Aristóteles, exageros e/ou deficiências são características do vicio. A característica entre o exagero e a deficiência (que muitas vezes não possui um nome) é a característica da virtude. 

Deste modo, Aristóteles nos deixa sempre dois caminhos a seguir, não importando o domínio da característica. Tais caminhos são definidos como o caminho do prazer, que nos leva ao vício, e o caminho da dor, que nos leva à virtude. 

Em outras palavras, o caminho do prazer, que geralmente é o mais fácil, menos penoso e que nos traz um prazer imediato, nos leva muitas vezes ao medo, egoísmo, intolerância e violência, por exemplo. Já o caminho da dor, que é o caminho do trabalho, da perseverança e do sacrifício, nos leva à coragem, bondade, tolerância e ao amor ao próximo, por exemplo. 

Devemos ter em mente que as ações do caminho do prazer nos recompensa com reações sem valor, prejudiciais e nocivas. Já as ações do caminho da dor nos recompensam com reações louváveis, construtivas e por serem de tal avalia essas recompensas, nos dão prazer em cumpri-las. Portanto, a principal ferramenta para se seguir no caminho da virtude está no equilíbrio de nossas características.


"Nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes, repetidamente. A excelência, portanto não é um feito, mas um hábito." - Aristóteles.

REFERENCIAS
1. Aristóteles. Ética a Nicômaco. Ed. Martin Claret. 2001. ISBN 8572324305.
2. Imagem do post: FreeDigitalPhotos.net

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